Acordo? Não há

Há mesmo quem se acostume a este tipo de tortura? Quiçá, tem masoquista para todo gosto.
Eles se multiplicam implacavelmente como seres mutantes, assassinos, perseguidores. Eles? Ou elas? Ainda mais esta confusão de gêneros.
Os solteirões metidos a moderninhos lidam com a coisa como hobby: enchem a esponja com sabão de côco e água e se esbaldam, que gracinha. Vai encarar diariamente aquele panelão de cozido cheio de graxa, os resíduos de feijão queimado, o resto da papa branca gosmenta de maizena? E o pior é que com o advento do light, de não pode isso, não pode aquilo, a miserável dona de casa frita tudo direto na frigideira que não tem porra nenhuma de antiaderente e tudo gruda!
Depois a gente mistura o troço com aquela aguinha um tempo e se esquece obviamente, por uns dois dias no mínimo, se ainda sobrar qualquer resquício de bom senso e amor próprio.
Sabendo que, ressalvando a doutrina de Alan, a vida é só essa mesmo e olhe lá, faço um apelo a todas as pessoas de bem e que pretendem ter uma vida: lavem menos louça minha gente! Ou ao menos façam de tão terrível fardo uma profissão, em troca de uma boa soma em dinheiro.

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